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quarta-feira, 27 de dezembro de 2023

Mitos sobre a Criação do Universo

 

criação do universo

 

 

 

 

 

 

Bonitos mitos sobre a criação do Universo, de diferentes culturas

Mito Hindu:
Brahma surgiu do vazio. Somente com o poder do pensamento, criou as águas em que depositou o seu sémen. O qual transformou-se num ovo de ouro, do qual ele nasceu.
Novamente por pensamento, Brahma dividiu o ovo em dois, e as metades tornaram-se o céu e a terra. Brahma cresceu sozinho e dividiu-se em dois para formar o homem e a mulher. 

Numa variante da lenda, Brahma divide-se repetidamente em dois até que todos os seres vivos do mundo sejam criados a partir do seu corpo. Noutra versão, o primeiro homem e a primeira mulher reproduzem-se em diferentes formas animais até que todas as formas de vida são criadas.              Juntos, Brahma (o Criador), Vishnu (o Preservador) e Shiva (o Destruidor) compõem o Supremo.       Cada universo que Brahma cria é destruído por Shiva, depois do qual não há nada senão um vasto oceano em que Vishnu flutua, sustentado por uma grande cobra. Nalgumas versões do mito, Brahma não surge de um ovo, mas a partir de uma flor de lótus que brota do umbigo de Vishnu. Eventualmente, o nosso mundo também será destruído por Shiva, reiniciando o ciclo.


Curiosamente, na mitologia egípcia, também há referências a águas primordiais no universo, simbolizadas pela deusa Nun. Na mitologia suméria, Tiamat representa o caos e as águas primordiais. Um paralelo adicional pode ser observado na mitologia chinesa, onde um ovo cósmico também deu origem ao céu e à terra.



Mito Chinês:
O primeiro ser vivo, P'an Ku, cresceu ao longo de 18 mil anos dentro de um ovo cósmico. Quando finalmente eclodiu, a casca acima dele formou o céu, enquanto a casca abaixo tornou-se a terra.           Os opostos naturais foram separados, como masculino e feminino, umidade e seca, luz e escuridão, yin e yang, entre outros. Após esse processo monumental, P'an Ku literalmente despedaçou-se, e as suas características deram origem ao mundo natural.
Os seus membros transformaram-se em montanhas, o seu sangue em rios, a sua respiração tornou-se o vento, a sua voz um trovão, o seu cabelo na erva, o seu suor na chuva, e assim por diante.                       O seu olho esquerdo tornou-se o sol e o seu direito tornou-se a lua.


Mito da tribo Navajo
A tribo indígena norte-americana Navajo tem uma das histórias mais longas e complexas sobre a criação do mundo. Ela inicia no primeiro mundo, chamado Mundo Negro. Esse mundo continha quatro nuvens, incluindo uma preta, que representa a substância do sexo feminino, e uma branca, representando o sexo masculino.
Unindo-se, deram origem ao Primeiro Homem, representando o amanhecer e a vida, e à Primeira Mulher, simbolizando a escuridão e a morte. Outros seres no Mundo Preto incluíam o Grande Coiote (cuja concepção se deu a partir de um ovo), o Primeiro Bravo e vários insectos.
O Mundo Negro tornou-se muito povoado, no entanto, então todos subiram para o Mundo Azul dos pássaros. Ali, viveram em harmonia por 23 dias, até que alguém tentou dormir com a esposa do chefe Andorinha.
Exilados para o Mundo Amarelo dos mamíferos, encontraram seis montanhas onde as pessoas sagradas residiam. Essas pessoas santas eram imortais, viajando pelo arco-íris. Naquele lugar, a Primeira Mulher deu à luz duas hermafroditas. Quatro dias depois, deu à luz outro par de gémeos, um homem e uma mulher.                                                                    

Ao final de 20 dias, cinco pares de gémeos haviam nascido. Um dia, o Grande Coiote roubou o bebé ao Monstro da Água, enfurecendo-o a ponto de desencadear uma chuva que transformou as águas numa inundação que superou as montanhas.
No que deve ter sido o dilúvio mais lento de todos os tempos, o Primeiro Homem plantou várias árvores e um canavial em sequência, nenhum dos quais cresceu acima do nível das águas. Finalmente, um canavial alcançou os céus. As pessoas escalaram essa elevação e encontraram o quarto mundo, o Mundo Branco, que é o mundo em que todos nós habitamos actualmente.
Curiosamente na mitologia Suméria, no mito Enuma Elish, também mencionam um dilúvio, e é notável que a narrativa bíblica do dilúvio cristão só seja registada milhares de anos depois.


Mito Egípcio:
A religião egípcia é muito complexa devido à existência de mais de 2000 deuses (nós conhecemos apenas os principais dez ou doze, e pelos seus nomes que os gregos atribuíram). Além disso, a complexidade é acentuada pela presença de diferentes mitos conforme a região do Egipto.
Diferentes mitos atribuem a criação a diferentes deuses: o grupo de oito deuses primordiais era chamado Ógdoade. Também consoante a região, eram adoradas trindades diferentes.
Vou citar a mais conhecida: Osíris (pai), Ísis (mãe) e o filho Hórus.
Primeiro havia um oceano primordial, no cosmos, era Nun.
O início do cosmos era marcado por um oceano primordial chamado Nun. Desse oceano surgiu um monte que deu origem à divindade Atum, manifestando-se frequentemente com o aspecto de Rá. 

Atum é considerado um dos aspectos do deus solar Rá, sendo ocasionalmente referido como Atum-Rá.


Rá, o deus solar egípcio, deu origem aos primeiros deuses emanando da sua própria essência. Surgiram, assim, Shu, deus da aridez e do ar, e a sua consorte Tefnut, deusa da humidade, juntos formando a atmosfera. Esse par divino, por sua vez, deu origem a outros deuses fundamentais para a completa formação do cosmos: Geb, o deus da Terra, e Nut, a deusa do Céu, culminando na formação do mundo.
Em seguida, a Terra e o Céu geraram os Princípios da Vida, compostos pelos deuses Osíris, o ser perfeito que eventualmente governaria o resto do mundo, Ísis (mãe de todos os faraós), Set (deus das tempestades, do caos e da guerra) e Néftis (comumente representada como a senhora do lar e protectora dos mortos).
Quanto à origem da humanidade, conforme narrado pelo mito, os seres humanos surgiram das lágrimas de Rá, povoando assim o mundo. Vale mencionar que outros mitos atribuem a criação a diferentes deuses, como Ptah ou o deus Khnum.


Mito Dogon:

O povo Dogon é uma tribo indígena que vive em Mali, que se acredita ser descendente dos egípcios.     Os Dogon ficaram conhecidos por compartilhar lendas sobre a constelação de Orion e a estrela Sirius (quando ainda nem existiam telescópios).
As suas histórias da origem começam com Amma, o deus que existia antes do tempo. Amma estava sozinho, então criou a Terra, às vezes chamada “ovo do mundo” ou “placenta original”.                                 

A Terra existe no espaço infinito e contém um modelo de toda a criação. Amma casou-se com a Terra, que mais tarde deu à luz a Ogo e um par de gémeos andróginos em forma de peixe chamados Nommo.
Ogo, por não ter um parceiro ou gémeo, cometeu incesto com a Terra, resultando no primeiro sangue menstrual e na manifestação dos espíritos do submundo. Amma, para corrigir os desequilíbrios causados por esse acto, transformou Ogo num chacal.                

O sangue que fluía da Terra transformou-se em várias entidades celestes, plantas e animais.
Amma, então, criou as estrelas lançando pedaços de terra para o espaço. Utilizando duas tigelas de barro, uma com cobre vermelho e outra com cobre branco, formou o sol e a lua. Diz-se que os humanos negros nasceram sob a luz do sol, enquanto os brancos nasceram sob o luar.

Devo salientar que os Nommo, são equivalentes aos seres Anunnaki descritos pelos Sumérios ou os deuses Neteru mencionados pelos egípcios.
O deus Amma possivelmente foi inspirado no nome do deus egípcio Ammon.

Sílvio Guerrinha

Este meu texto foi publicado na revista portuguesa "Boa Estrela"  nº 357, Janeiro de 2004.













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